Nas sinusites crônicas, a terapia clínica, com corticóides tópicos, sistêmicos e antialérgicos, pode apresentar resposta em alguns pacientes. Mas na maioria dos casos a conduta cirúrgica para remoção do fator obstrutivo é a única alternativa para promover a melhora e reduzir a possibilidade de recidivas. No Brasil, a sinuplastia endoscópica é a mais adotada nos grandes centros urbanos, embora em regiões menos desenvolvidas ainda seja empregada a técnica aberta.
O procedimento endoscópico é minimamente invasivo, feito com o auxílio de um endoscópio, que permite ao médico ter acesso e visualizar de forma ampliada toda a cavidade nasal para a remoção do fator obstrutivo. Dependendo do tipo de obstrução, podem também ser utilizados equipamentos de radiofrequência e de laser, evitando o uso de tampão nasal, que é necessário no pós-cirúrgico dos procedimentos tradicionais.
Apesar de ser feita com anestesia geral, a cirurgia endoscópica permite que a maioria dos pacientes tenha alta no mesmo dia. Mesmo quando não é possível a total remoção do fator obstrutivo, o indivíduo tem sua qualidade de vida substancialmente melhorada. No entanto, recidivas podem ocorrer, principalmente nas sinusites causadas por fungos ou por novas formações de pólipos.
De qualquer forma, a crença popular de que sinusite não tem cura está longe de ser verdade. Tratamentos existem e, ainda que em poucos casos o problema não possa ser totalmente revertido, os benefícios para o paciente são muito expressivos. Acreditar no mito de que não há cura é resignar-se a conviver com a sinusite e seus sintomas e com o risco de doenças ainda mais graves.
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